segunda-feira, 8 de agosto de 2011

23 capítulo final.

 O leitor deve ler as postagens anteriores. Os capítulos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII. Valeu. 
 Os dois jogadores americanos corriam para dentro do gramado. Pedro vinha atrás com mais dois homens atirando.
 “Mas como eles fugiram?”
  “Um policial de nome Antonio sabia onde eles estavam e chegou antes da gente. Agora eles não querem mais cooperar e querem ver Letícia. Os dois são apaixonados por essa hippie.”
 “E o policial o Antonio?”
 “Está morto.” Responde Franco, um policial também agente duplo.
 “Então foda-se, paramos aqui.” 
 Pedro os segurou e pode ver os dois jogadores serem aplaudidos pela multidão.
 “Não temos mais tempo daqui a minutos o caça vai bombardear o estádio.”
 Juares desde sempre julgava o Brasil um império do Sul. O império do Norte eram os EUA. E hoje ele poderia com um só movimento acabar com as lideranças dos dois impérios. Uma América Latina mais forte e mais livre do imperialismo nasceria dali a poucos minutos.
 Seu grande líder na Venezuela ficaria orgulhoso dele. Na tribuna oficial os assessores do ministro da Defesa receberam a informação de que o caça havia se desviado do alvo, a plataforma X, e rumava para o estádio do Maracanã.
 Em Copacabana o helicóptero do Agente Torres recebe um pedido para decolar. Dessa vez Felipe e os outros ficaram no solo. Era talvez a última vez que veriam Torres e o piloto.
 Juares não pode ver de onde o Helicóptero veio. O caça com o impacto caiu na hora. Mas o piloto do helicóptero conseguiu fazer um pouso de emergência. E ambos sobreviveram. 
 Marcel passava os códigos para a plataforma X. E a pressão foi diminuída e todos os níveis voltaram ao normal.
 O jogo começava no Maracanã. E antes dele terminar o grupo 23 teria de encontrar Mariana e Pedro, para conseguir limpar o nome do movimento. Um movimento pacífico.
 Alex viu que havia um torpedo no seu celular:
 “Prenda Pedro e Mariana, eles são infiltrados. Eles são os verdadeiros terroristas.” Era enviado pelo comandante Alfredo Ferraz. Minutos antes do veneno fazer efeito. 
 Pedro entrou numa van e seguiu para um apartamento em Ipanema. Alex com vários agentes os seguiu.
 No apartamento Mariana e Pablo assistiam à televisão. Pararam quando Pedro entrou.
 “O que aconteceu? Porque o caça não terminou o serviço?”
 As ruas estavam vazias, Camila e Felipe chegaram em pouco tempo ao endereço. Lá embaixo viram Alex e os outros agentes. 
 Quando os EUA marcaram o gol a porta foi arrombada.
 Pedro tentou atirar de volta, mas foi baleado. Pablo e Mariana foram presos.
 Dizem que este jogo, esta final foi um divisor de águas na história do mundo. O Brasil acabou derrotando os EUA por cinco a zero.
 Pela primeira vez em 64 anos o Maracanã via o Brasil derrotar Golias. Perdêramos em 50 para David, mas agora éramos hexa campeões do mundo.
 No Rio e em todo o País era uma festa. A América Latina toda vibrava. A América Latina tinha derrotado os EUA. Mas agora os EUA já não era mais o velho EUA e sim também América Latina, porque estava se tornando uma potencia futebolística e uma decadência econômica.
 O continente Americano neste dia parecia um só.
 A operação de contenção dos atentados terroristas ficou conhecia como operação “Colombo.” Em homenagem ao nosso descobridor.
 Felipe Rulfo e os jovens Lucas e Letícia foram condecorados com medalhas de honra. E os agentes Camila, Torres e Alex também. As acusações foram retiradas, porque até os jogadores americanos confessaram que a idéia do "protesto" partira de Mariana, Pablo e os contatos venezuelanos.
 Letícia ficou grávida. Nem Lucas, nem Felipe sabiam quem era o pai. Os três seguiram em lua de mel para o México. E juraram fidelidade um aos outros.
 Os três haviam sido enganados pela mesma pessoa. Por outro lado foi Mariana que havia feito com que suas vidas se cruzassem.
 No parque de Chaputepec na cidade do México os três prometeram que a filha Franziska seria criada ali no verde de Polanco, na maior cidade Asteca do mundo. Na maior cidade do planeta. Ali começaria a revolução deles.
 Naquela cidade de 23 milhões de habitantes.


P S: Comecei esta história porque queria contar de alguma maneira a relação da esquerda dos anos sessenta com uma esquerda jovem atual. Uma esquerda pacífica versus uma violenta. Uma idealista e outra apenas poderosa e sanguinária. No final ficaram duas sanguinárias e monótonas.   
Mas a verdade é que inventei tanta trama e aventura épica que perdi o fôlego. Descobri só quase no final que deveria ter pensado em algo menor. Uma relação em São Paulo, de amor entre três jovens de vinte anos. Ou vinte e três.
Acredito muito nos jovens de vinte anos. Tão ou mais que nos da década de sessenta. Ufa! Terminei esta Copa do Mundo.