quinta-feira, 9 de agosto de 2012

4 tipos de homens solteiros.


Os quatro amigos se conheceram na adolescência. No colégio. Aqui vou contar vinte anos da vida deles. Dos 20 aos 40. E praticamente os 4 foram solteiros durante estes 20 anos. Praticamente. (Este primeiro post fala deles aos 20. O próximo será aos 25, depois aos 30, 35 e finalmente aos 40). Boa leitura.



 O primeiro é o ALVÁRO.


 Aos 20 anos Álvaro era lindo. Cursava faculdade de Arquitetura e sonhava em ser um grande arquiteto. Foi nessa época que conheceu Marcela. Uma morena sensual, extrovertida e cheia de vida. De vida e de homens. Não faltavam opções para Marcela.
 Saíram durante 3 meses. Nos quais Álvaro foi corno uma meia dúzia de vezes. As amigas de Marcela não se conformavam. Como ela podia desprezar aquele quase poeta, ingênuo e puro?
 Marcela ao contrário o achava pegajoso e triste. E se foi. Álvaro então passou a se dedicar só a faculdade.




 O segundo é o RODRIGUINHO.


 Rodriguinho aos 20 tinha um corpo perfeito. E como sabia disso descia todos os finais de semana para a praia. Surfava e passava os dias sem camisa. As vezes passava a semana toda na praia, fumando maconha e comendo todas as meninas. Meninas e as coroas também. Rodriguinho adorava as coroas. As vezes passava quase um mês na praia de Maresias.
 Durante um tempo namorou uma linda e fútil garota de 17 anos. Se cansou dela e assumiu de vez uma vida promíscua. Tomava um monte de chega pra lá, mas a quantidade de acertos ultrapassava em cinco vezes os foras.
 Foras? Em cinco minutos ele nem se lembrava mais. Chegou a levar dois fora da mesma garota e depois pegá-la no mesmo verão. E nem se lembrar dos foras e nem se lembrar da garota no verão seguinte.
 Uma mineirinha. Mas por algum motivo ele se lembrava do irmão dela. O Pedro. Rapaz simpático estava sempre com a irmã e rindo.
 Estudar? Repetia os anos em economia.



 O terceiro é o DUDU.


 Dudu aos vinte já andava de terno pra cima e pra baixo. Estudava direito de manhã e a tarde ele era estagiário num escritório de direito trabalhista.
 Tentava sempre pegar uma colega de trabalho, mas a menina era noiva. Dava conversa, mas não sedia.
 Dudu adorava encher a cara. Uísque de preferência. Por ele trabalhar e estudar o pai ainda lhe dava um bom dinheiro. Mesada. Achava o filho esforçado.  Com este dinheiro ele frequentava os inferninhos. Os cabarets e os puteiros. Naquele tempo a prostituição ainda não havia chegado à internet.
 Dudu era um inseguro. Não era feio, porque também aos vinte anos quase todos são bonitos. Mas o seu tipo de conversa era muito maduro e sofisticado para garotas de 20 anos. E sua conta bancária ainda não lhe permitia extravagâncias com mulheres também sofisticadas.
 Na verdade permitia, mas era tão inseguro. E com as prostitutas tudo era uma festa. Dudu foi muito feliz aos 20 anos.  




 E o quarto era o CARLOS.


  Carlos aos 20 anos era ambicioso. Enquanto Álvaro tinha ambições artísticas, Carlos queria ser um empreendedor. Sonhava com um império. Nem terminou o colégio e entrou numa agencia de publicidade. Era redator.
 Carlos era um garoto de comunicação. Algo intrínseco. Ele era gordo. Mas era um gordo carismático. Sua rede de relacionamentos aumentava todos os dias. E dos quatro era ele quem conhecia mais meninas.
 Era convidado para todos os lugares e eventos. Ninguém se lembra de vê-lo beijando ninguém, mas sempre havia meninas lindas a sua volta. E elas estavam sempre sorrindo.
 Carlos começou a despontar na agencia por conta de uma campanha, e logo seu salário era muito bom para alguém da sua idade.
 Carlos começou a viajar pelo mundo. Fazer contatos. E por incrível que pareça Carlos era reconhecido nos lugares como um formador de opinião da nova geração.
 Um dia num grande evento com inúmeros jornalistas Carlos foi visto com uma atriz da Globo lindíssima. Depois num restaurante com uma modelo fantástica. Elas diziam que eram só amigas.
 Mas a fama estava feita. Quando os amigos perguntavam das beldades, ele só pedia descrição. Fingia que realmente era rodeado delas.
 Carlos aos 20 anos era realizado. Mas não era feliz. Sabia que seu mundo era uma farsa.