Incrível! Ontem fui a uma exposição de Rock no Ibirapuera. Na Oca. Acredito que teve um grande apoio da revista Rolling Stones. Digo incrível, porque pela primeira vez peguei fila para comprar o ingresso numa exposição na Oca.
O ingresso custou 20 reais. Havia pessoas de todas as idades, a maioria com menos de 50 ok. Eram de todas as classes sociais. E todos entendiam tudo. Nada de textos de curadores dizendo isso e aquilo outro. Não.
A exposição era composta na maioria por objetos das bandas, como figurinos, LPS, instrumentos e fotografias. Em alguns lugares painéis contavam um pouco a “história” deste gênero musical.
Acredito que na minha cidade, São Paulo, todos tenham um pouco de Rock dentro de si. Mesmo porque havia até uma foto de Chico Buarque lá. Uma de Jô Soares, outro retrato da Dilma. Impossível fugir.
Mas aqui vai a minha opinião, do porque o Rock estar tão vivo, e ainda ser tão procurado.
Todos aqueles músicos e bandas saíram da rua. É isso. Da rua.
Nenhum deles veio da academia. Ninguém fala do currículo escolar deles. O Rock veio dos ritmos norte americanos, mas o gestual é das máquinas. O modo cortado e seco de dançar é lá da cidade operária de Liverpool. De Cubatão. De Chaplin. É o apertar de um parafuso. Experimente.
Eles nunca saíram da rua. Ao contrário do teatro, por exemplo, as pessoas não acham que devam entender o Rock. Elas são Rock e o Rock são elas. Saia na rua e Rock está ali. Não precisa de feriado.
Eles ocuparam o lugar que o cinema teve até os anos cinquenta. Não existe nada mais popular que o rock.
Minha namorada, que estava comigo, disse que enquanto houver adolescentes haverá o rock. Que ele será um momento na vida de todo cidadão. Se você contesta alguma coisa, você já está no rock.
Ela diz também que o rock a fez conhecer o Brasil. A partir de Chico Science, ela conheceu outros gêneros brasileiros, como até o cordel.
Já para mim, olha eu vou dizer algo bem babaca, pra mim o rock é o carboidrato da música. O chocolate. E eu amo chocolate!
Entre João Gilberto e Bob Dylan?
Bob mil vezes.
"O rock ou Rock and Roll é o pai, o filho e o avô". (frase lida na exposição).