Love Story
Ela está na pista de dança da boate Love Story no centro de São Paulo. Agora é mais linda do que nunca. Não é mais aquela menina de periferia insegura e fujona. É uma mulher com estilo, com brilho, poderosa e muito, mas muito sensual.
Jair vem dançando pela frente e da um beijo em Jéssica. Entrega-lhe uma taça de champanhe e eles brindam e dançam e se beijam.
Há dez anos essa linda negra era uma menina frágil. Não fora difícil para ela enganar um delegado que por um lado era um esquerdista preocupado com a sociedade injusta brasileira, e por outro lado um bajulador de poderosos.
Mas um jovem esperto criado nos confins da ZL como Jair se refere à zona leste, ela não enganou e depois de alguns tapas abriu o jogo.
Jéssica esperava um filho de Ricardo Freitas. Gabriela soube pelo próprio Ricardo, da boca dele. Há tempos ela procurava um playboy pelas ruas de Paraty. Conheceu Ricardo antes de Duda. Mas Ricardo apesar de ser de uma família influente e prestigiosa, era um duro.
Quando ela e Duda transaram pela primeira vez, ela já estava grávida de Ricardo. Gabriela chamou a menina em casa para conversarem. Disse que ela Jéssica, deveria dizer imediatamente a Duda a verdade. Depois ainda deveria arrumar um emprego e trabalhar como ela mesma Gabriela vinha fazendo numa loja no Iguatemi. Trabalhar? Continuar pobre? E ainda ter um filho de um duro e playboy nojentinho que ela nem gostava de transar. Jéssica ainda não era uma assassina profissional por isso depois de dar as facadas Gabriela ainda agonizou horas.
Pegou o elevador de serviço. Uma outra empregada estava nele e as duas saíram juntas. Um porteiro preocupado só com a bonitinha da Gabriela e o “garoto” que entrara com ela. Nem percebeu aquelas duas empregadas negras indo embora. Jéssica com o boné na bolsa.
Jair desenvolveu uma teoria da conspiração tão realista em relação à Carla, que o delegado Fiúza foi entrando cada vez mais fundo. E sempre acreditando, mesmo sem evidencia nenhuma. Jair e Jéssica são amantes desde então.
E quando Rubens numa arrumação achou um diário antigo de Carla, onde leu confissões de ciúme em relação à amiga, caiu na mesma teoria. Acontece que Jair desconfiou o contrário. De que Rubens tivesse descoberto Jéssica. O casal teve de agir rápido. E agiram. Jéssica esperou dentro do mini cooper. Quando viu Fiúza atravessando a rua acelerou.
A música era alta e os dois amantes estavam animados na pista. Passara-se dois dias do ocorrido no Ibirapuera. Em uma mesa afastada um pouco da pista, na escuridão um homem via Jair passando a mão na bunda de Jéssica. Era Rubens. Ele pegou o telefone e ligou.
-Eles estão aqui.
Guilherme Chavez no outro lado da linha então deu a ordem ao secretário de segurança:
-Fecha o centro.
Viaturas da policia bloquearam todos os acessos à região do edifício Copan e da Love Story. Desta vez Gui não pensou duas vezes em ajudar Rubens, afinal à situação dizia tanto respeito a ele quanto a Rubens.
Na porta da boate Duda ia entrando. Mas um dos seguranças, um negro gigante o brecou.
-Você quem é?
-Átila, rei dos Hunos. –Ele sorriu.
Um outro segurança negro aproximou-se e disse:
-Algum problema?
-Desculpem, mas hoje eu não gosto de negros!
O delegado atrás de Duda mandou os seguranças recuarem e liberarem. Nisso Duda foi dar um empurrão neles. Os dois vieram bater em Duda. Porém se há dez anos Eduardo já provocava muito estrago agora então que ele estava com dez quilos mais e em forma somado com um ódio acumulado há anos, em minutos deitou os dois.
-A casa é de vocês deu o sinal o delegado que comandava dezenas de agentes a paisana.
Foi quando Cris saiu da escuridão entrou na pista, tirou um cordão de couro do bolso e passou em volta do pescoço de Jéssica apertando com toda força.
Ela era minha irmã. –Disse no ouvido de Jéssica que ia desmaiando.
Mal Jair teve tempo de reagir, Rubens levantou e deu dois tiros um em cada joelho. Cris chutou o corpo de Jéssica pra fora da pista e todos abriram espaço para Duda entrar e bater em Jair até a morte.
No enterro de Gabriela Chavez, seus irmãos choraram muito e juraram um para o outro que se vingariam do assassino da irmã, fosse quem fosse.
Ricardo Freitas, já quase careca e ainda mais duro. Abriu a porta de casa e viu um motorista dos Chavez. Ele o motorista trazia um garoto de dez anos, com duas malas.
-Seu Ricardo este é o Gabriel.
Finalmente pai e filho viveriam juntos.
Se o leitor chegou até aqui espero que tenha gostado da saga dos Chavez.
Cai o pano.
Gostei,
ResponderExcluirmuito bom
Abraços Poio
Poio querido! Valeu! abraços
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