quarta-feira, 27 de julho de 2011

23 Capítulo VI


O leitor deve antes ler os capítulos I, II, III, IV e V antes de prosseguir pelo VI. Grato.

 O trem bala estava realmente cheio. Era a primeira viagem da maioria dos passageiros, naquele trem. Todos com a cabeça no jogo, na final. Teriam duas horas e meia para chegar até o Maracanã.
 As pessoas observavam ainda atônitas enquanto o condutor chefe dizia pelo celular que haviam encontrado um passaporte venezuelano no atirador de Felipe Rulfo. Depois desligou. Disseram-lhe que uma equipe aguardava na estação de trem e levaria Felipe para um hospital.
 Uma mulher levantou no fim do corredor e veio em direção ao vagão onde Felipe estava no chão baleado e sangrando. Ela usava um vestido verde que combinava com seus lindos olhos também verdes e os cabelos soltos.  
 “Pode deixar comigo eu sou médica.”
 O condutor chefe estranhou, mas antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, um dos seguranças, um jovem atlético de boca carnuda lhe deu um choque elétrico que o fez perder os sentidos. Felipe quando percebeu que tudo havia sido feito como o planejado, abriu os olhos e se levantou. Na outra ponta do vagão o mesmo atirador apareceu, estava perfeitamente bem e vivo claro. Ele, o atirador, se juntou aos outros dois seguranças e seguiram atrás de Felipe, Letícia e Lucas.
 “Temos de descer do trem antes da estação!” Gritou Letícia.
 “Impossível.” Falou Felipe. No mesmo instante o trem começou a brecar. Puderam ver uns vinte agentes da central de segurança da Copa na estação.
 Felipe não teve dúvidas e pediu as algemas para um dos seguranças disfarçados. Na verdade eram todos do grupo 23. Antes que ele as colocasse em Letícia e Lucas, ela disse:
 “Você sabe que não temos nada a ver com isso. E só nós podemos salvar a plataforma.”
 “Eu sei”. Ele disse.
 Então passou as algemas nos dois. Saiu do trem com a carteira de Federal para fora. Disse que efetuara a prisão. Explicou que havia detido os dois fugitivos e que os levaria para a Central de segurança. Não deu tempo para que confirmassem na central. O agente Torres, responsável pela operação, os encaminhou para a cobertura do prédio da estação onde estava um helicóptero. Mal eles entraram na nave o piloto colocou as hélices em movimento. Já no ar Felipe abriu as algemas e ele e Letícia apontaram as armas para o piloto e para o agente Torres.
 “Mudança de curso!” Gritou Felipe. “Nós vamos para o estádio do Maracanã!”
 O agente Torres entregou a arma e pediu que o piloto cooperasse. A aeronave seguiu para o Maracanã.
 Camila comunicou ao comandante Alfredo Ferraz sobre o desvio e fuga de Felipe Rulfo. Mas Alfredo havia se lembrado de algo. Pediu para agente Camila entrar.
 “Camila você conhece o agente Pedro há quanto tempo?”
 “Alguns meses senhor, desde quando o treinamento para a Copa começou.”
 “Você lembra se ele é vegetariano?”
 “Nunca reparei comandante.”
 “Ontem, tivemos uns cachorros quentes e ele tirou a salsicha. Você lembra disso?”
 Sim Camila lembrava como também lembrava agora de ter visto Mariana fazer o mesmo. Nisso o comandante sentiu um cansaço e antes de desmaiar apontou o copo de suco para Camila.
 A agente Camila não teve dúvida ao ver o comandante desmaiar. Ele havia sido drogado. O agente Pedro era o segundo na hierarquia, mas agora tudo estava muito confuso. Se Mariana era a responsável por tanto tempo da operação “verde que te quero verde” como ela nada informou e não sabia como proceder? Ligou então para o agente Torres:
 “Me passa o Rulfo.”
 “É para você.”
 Correndo com o celular na mão, Camila entrou numa viatura e ela mesma dirigido acelerou em direção ao Maracanã.
 Ricardo Larkin sorriu ao ver sua bela amada entrar na sala. Ele estava sentado sendo vigiado por dois seguranças. Ela parecia diferente, fria. Chegou perto dele e foi quando ele viu a arma na mão dela. Depois não sentiu mais nada. Foi bem rápido. Depois ela virou-se e ainda caminhando com salto alto deixou a sala. 






 
 




 



































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