Quando as cidades históricas de Minas Gerais foram construídas no século XVIII, não se imaginava qual seria a verdadeira vocação delas: Turismo.
Diferente de Veneza, por exemplo, as cidades Históricas de Minas Gerais, tiveram o sua ascensão e decadência num intervalo de mais ou menos 50 anos. Ou seja, aquela civilização foi rápida.
Foram os Paulistas quem descobriram Minas. E por mais absurdo que possa parecer, em São Paulo a arte Barroca, as grandes Igrejas do século XVIII, quase não existem. Ou melhor dizendo, quem já foi ao museu de arte sacra de São Paulo, sabe que elas não existem.
Em primeiro lugar, os bandeirantes não se consideravam Paulistas. Já que as províncias como são conhecidas hoje, não o eram naquela época.
Com a invenção do Turismo, que consiste em visitar outras regiões, lugares, sem o intuito de conquista-los, os sítios arquitetônicos antigos ganharam outra função.
Ninguém mais luta no Coliseu em Roma. Bem como ninguém mais é enterrado numa Pirâmide.
Mas viajamos para ver estereótipos. Mesmo o turismo ecológico, natureza pela natureza, ou o paradisíaco, praias e resorts. Sempre buscamos os Estereótipos.
No caso de Minas, fogão a lenha, cachaça, roça, leitão, tutu de feijão, paçoca, queijo, lugares bucólicos, construções barracos, artesanato, café, pão de queijo, viola, Guimarães Rosa, grupo Corpo, Inhotim...
Mas pra mim, e não sei de onde tirei isso, Minas me remete a infância. A ingenuidade. O primeiro beijo atrás da Igreja, festa Junina. Vaquinhas no campo, almoços sem pressa. Pinturas de Guignard.
De onde viria esta ideia, da falta de maldade em Minas. Como se todos la fossem seres honestos, beirando a pureza?
Depois de mundo refletir, creio que no meu caso, esta ideia vem da Inconfidência Mineira.
A Coroa Portuguesa, querendo amedrontar a população punindo Tiradentes, fez o oposto. Escrevo isto com base num ensaio do Historiador Boris Fausto, mas só a base.
Esquartejar um cidadão em praça pública, Tiradentes foi pendurado em Ouro Preto e não no Rio, como um exemplo a ser temido, só fez com que o povo tivesse uma forte identificação com o mesmo.
Um Império que mata um rebelde, que assumiu a culpa de um grupo, e espalha seu corpo nas ruas onde existem imagens por todo lugar de um Cristo que morreu com o mesmo julgamento, de forma muito semelhante, só poderia ser recebido ao contrário. E foi.
Alguns Historiadores creem que Tiradentes foi invenção de Vargas. O fato é que ele só veio a luz na República, porque ambos os Pedros Imperadores, eram descendentes diretos de Maria Louca que ordenou a morte de Tiradentes. Logo ignoraram o fato histórico. Que só retornou com a proclamação da República.
Hoje se sabe, que os Inconfidentes, tiveram contato com as ideias Iluministas mais avançadas da época. E que um dos intuitos era a libertação dos escravos e a fundação de uma Republica na colônia Brasil. Não era pouca coisa.
De uma atividade tão pesada, como a mineração escravista, vir um sonho de liberdade, igualdade e fraternidade, é algo para se pensar. São contrários.
Contrários estes, que fizeram a Republica de Minas Gerais, ser um lugar amargo, onde um escravo tinha uma expectativa de vida de sete anos, e ao mesmo tempo um lugar de poetas. Um lugar, de lindos sonhos doces, com cachaça.
Diferente de Veneza, por exemplo, as cidades Históricas de Minas Gerais, tiveram o sua ascensão e decadência num intervalo de mais ou menos 50 anos. Ou seja, aquela civilização foi rápida.
Foram os Paulistas quem descobriram Minas. E por mais absurdo que possa parecer, em São Paulo a arte Barroca, as grandes Igrejas do século XVIII, quase não existem. Ou melhor dizendo, quem já foi ao museu de arte sacra de São Paulo, sabe que elas não existem.
Em primeiro lugar, os bandeirantes não se consideravam Paulistas. Já que as províncias como são conhecidas hoje, não o eram naquela época.
Com a invenção do Turismo, que consiste em visitar outras regiões, lugares, sem o intuito de conquista-los, os sítios arquitetônicos antigos ganharam outra função.
Ninguém mais luta no Coliseu em Roma. Bem como ninguém mais é enterrado numa Pirâmide.
Mas viajamos para ver estereótipos. Mesmo o turismo ecológico, natureza pela natureza, ou o paradisíaco, praias e resorts. Sempre buscamos os Estereótipos.
No caso de Minas, fogão a lenha, cachaça, roça, leitão, tutu de feijão, paçoca, queijo, lugares bucólicos, construções barracos, artesanato, café, pão de queijo, viola, Guimarães Rosa, grupo Corpo, Inhotim...
Mas pra mim, e não sei de onde tirei isso, Minas me remete a infância. A ingenuidade. O primeiro beijo atrás da Igreja, festa Junina. Vaquinhas no campo, almoços sem pressa. Pinturas de Guignard.
De onde viria esta ideia, da falta de maldade em Minas. Como se todos la fossem seres honestos, beirando a pureza?
Depois de mundo refletir, creio que no meu caso, esta ideia vem da Inconfidência Mineira.
A Coroa Portuguesa, querendo amedrontar a população punindo Tiradentes, fez o oposto. Escrevo isto com base num ensaio do Historiador Boris Fausto, mas só a base.
Esquartejar um cidadão em praça pública, Tiradentes foi pendurado em Ouro Preto e não no Rio, como um exemplo a ser temido, só fez com que o povo tivesse uma forte identificação com o mesmo.
Um Império que mata um rebelde, que assumiu a culpa de um grupo, e espalha seu corpo nas ruas onde existem imagens por todo lugar de um Cristo que morreu com o mesmo julgamento, de forma muito semelhante, só poderia ser recebido ao contrário. E foi.
Alguns Historiadores creem que Tiradentes foi invenção de Vargas. O fato é que ele só veio a luz na República, porque ambos os Pedros Imperadores, eram descendentes diretos de Maria Louca que ordenou a morte de Tiradentes. Logo ignoraram o fato histórico. Que só retornou com a proclamação da República.
Hoje se sabe, que os Inconfidentes, tiveram contato com as ideias Iluministas mais avançadas da época. E que um dos intuitos era a libertação dos escravos e a fundação de uma Republica na colônia Brasil. Não era pouca coisa.
De uma atividade tão pesada, como a mineração escravista, vir um sonho de liberdade, igualdade e fraternidade, é algo para se pensar. São contrários.
Contrários estes, que fizeram a Republica de Minas Gerais, ser um lugar amargo, onde um escravo tinha uma expectativa de vida de sete anos, e ao mesmo tempo um lugar de poetas. Um lugar, de lindos sonhos doces, com cachaça.
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