sábado, 11 de agosto de 2012

4 tipos de homens solteiros aos 30.


Continuação do post anterior.
 Os quatro amigos se conheceram na adolescência. No colégio. Aqui vou contar 20 anos da vida deles. Dos 20 aos 40. Os 4 praticamente foram solteiros durante estas 2 décadas. Praticamente. (Este TERCEIRO post fala deles aos 30. O post anterior foi sobre eles aos 25. Antes ainda deles aos 20. O próximo será aos 35 e finalmente aos 40). Boa leitura.


 ÁLVARO:


 Aos trinta anos, Álvaro conhece uma espanhola. Ela está na pós com ele de arquitetura em Barcelona. Maria de Lurdes era a garota mais bela da universidade. E a mais descolada. Ela sabia tudo de música Brasileira, cinema Frances e cinema independente norte americano.
 Já estavam juntos há alguns meses. Ela o levou para assistir companhias europeias no teatro, dança e grandes exposições. Lurdes conhecia todas as galerias. Naqueles anos Barcelona era a cidade mais descolada da Europa. O que Paris fora até os 50 e depois Londres nos anos 60, 70 e 80, agora perdia espaço nos anos 90 para Barcelona e talvez Berlim.
 Álvaro foi muito feliz nestes meses com Maria de Lurdes. Frequentavam a boemia, shows, bebiam e faziam amor ouvindo ótima música e lendo poemas. Ela dizia que o Brasileiro era talentoso e um dia ganharia um pritzker (Nobel da arquitetura).
 Nesta época ele fez até um cenário para uma companhia de dança. Ela o incentivou a fazer uma exposição das suas fotos numa galeria de Barcelona.  
 Álvaro acreditava que seu lugar era ali, na Espanha. Nunca mais voltaria ao Brasil. Um fim de semana, no qual Maria Lurdes visitaria uma amiga há alguns quilômetros de carro, Álvaro estranhou que ela não retornara.
 Como o celular de Maria de Lurdes não atendia, ele ligou para Ana. A amiga de Maria de Lurdes. Foi o pior diálogo da vida dele. Naquela mesma noite foi o velório.
 Ana ajudou Álvaro com a mudança. Ela lhe enviaria suas caixas depois. E em uma semana, Álvaro entrava num taxi em Guarulhos.



  RODRIGUINHO:


Paulo não era seu aluno. Mas calhou de a personal treiner de Paulo ir competir fora do Brasil e ter lhe indicado Rodriguinho.
 Por algum motivo ele não via a hora de chegar os dias em que dava aula para Paulo. Então certa vez combinaram um almoço. Márcia a mulher de Paulo foi com os filhos para o sítio durante as férias. Paulo ficou sozinho então os dois amigos, professor e aluno, passaram a se frequentar bastante.
 Foi Paulo quem fez o convite, depois de um jantar. “Quer subir e ver um filme?” Então ali no sofá os corpos se aproximaram e Rodriguinho acabou passando a melhor noite da sua vida.
 Finalmente Rodriguinho saiu de casa, foi para um apartamento. O aluguel era dividido entre ele e Paulo. Mas ninguém sabia disso. Paulo e Márcia continuaram casados. Rodriunho tornou-se um amante. E continuou com sua vida. Nenhum amigo soube.
 Um dia levou Paulo conhecer sua mãe. Depois revelou o segredo pera ela. A mãe de Rodriguinho o abraçou. E disse que ele deveria assumir e pedir a Paulo que largasse a mulher.
 Talvez a coisa escondida estimulasse tanto Rodriguinho quanto Paulo, pois eles mantiveram a relação secreta por anos.
 Mas para todas as mulheres da academia do clube, Rodriguinho era um sarado solteiro, que não dava mole para nenhuma. E adorava conversar com as amigas da Márcia.




 DUDU:


  Pedrinho foi crescendo. E Dudu trabalhando. Um dia o escritório dele se fundiu com um escritório gigante. O endereço mudou. Saíram do centro e foram para a Avenida Paulista.
 Lá ele conheceu Marta. Uma advogada divorciada de cinquenta anos e um filho e uma filha na faculdade. Juntaram-se numa grande família. Foi tudo muito divertido. Pedrinho adorou ter uma mãe. Uma não duas. Pois sua irmã torta Raquel o tratava como filho. Fazia tudo por ele. Lhe comprava presentes, levava passear, as amigas dela também. O irmão torto, Rafael jogava futebol com ele. Viam os jogos juntos.
 Dudu estava feliz porque Pedrinho estava feliz. Mas um ano depois. Ao acordar e olhar para Marta, pensou: “Eu ainda sou tão jovem”. Fez as malas.
 Pegou Pedrinho, levou-o para casa da avó. E começou a sair em todas as baladas. É como se tentasse recuperar um tempo perdido.
 Queria meninas novinhas, gemidos novinhos. Chegou a ligar para Raquel, filha da Marta. Saiu com a Raquel e com a Joana amiga da Raquel.
 Voltou a frequentar os inferninhos. Os cabarets, os puteiros. E aprendeu tudo de sites de acompanhantes. Pegava até as babás do Pedrinho.
 A promiscuidade estava de volta. Era novamente o eterno sair e voltar para a vida adulta. Dudu no caso estava querendo voltar a ser um garotão. Comprou um skate e foi para o parque do Ibirapuera.



  CARLOS:


 Mudara seus negócios para o Rio. Vivendo agora em Ipanema. Já tinha dinheiro suficiente para se aposentar, mas ao contrário trabalhava cada vez mais. Sócios em vários negócios. Publicidade, campanhas políticas, produtoras de vídeo, rádios e igrejas evangélicas. Sim igrejas.
 Carlos começou a apoiar e trabalhar para os barões evangélicos e em pouco tempo tornou-se ele mesmo um magnata evangélico.
 Resolveu se casar com uma garota de família tradicionalíssima da zona sul. Seria o maior casamento evangélico da história. Pois seria um casamento evangélico para o dinheiro antigo. Para a classe alta tradicional da ponte aérea Rio- São Paulo. Filha de um senador.
 Viriam todos os políticos importantes de Brasília e o empresariado de São Paulo. Mas duas semanas antes, Carlos ao ver uma secretária muito sensual e suburbana, não aguentou e a levou jantar e saiu com ela na night carioca.
 Os fotógrafos paparazzis aproveitaram e clicaram tudo. Um verdadeiro estrago no dia seguinte.
 Carlos mandou todos passearem. Afinal o que ele ganhava com aquele casamento? Uma patricinha gastadeira, que nunca trabalhou e chata pra caramba? Nem gostava dela, e ela estava engordando. E ele queria ser o único gordo do casal.
 Rico, muito rico e poderoso, cheio de mulher no mundo, casar pra que? Resolveu que esperaria pelo menos mais uma década.
 Já sua noiva esperou só dez meses. E casou-se com um rapaz de uma também tradicional família da zona sul.  

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