A primeira coisa, que ambos têm em comum, os personagens de ficção, não o Galileu, personagem histórico, que realmente existiu, é que dão título a duas peças de teatro, das quais gosto muito.
O texto: “A vida de Galileu Galilei”, de Bertold Brecht me foi apresentado pela primeira vez, por um professor de física, quando eu estava na quinta série ginasial, (não sei como chama hoje).
O que eu conto aqui, não estraga em absoluto, a trama, ou a surpresa do espetáculo, já que tanto Galileu, quanto sua vida são fatos conhecidos de todos. Vou fazer um breve resumo:
A partir da descoberta, ou melhor, da invenção do telescópio, Galileu provou que as luas de Júpiter eram satélites do planeta. Provou, por observação e métodos científicos, que os planetas giram em torno do sol, e não o sol e os astros e estrelas giram em torno da terra.
Logo provou que a terra não é o centro do universo. Claro que depois os Americanos mostraram, que sim, a Terra é o centro do universo. Já que o mesmo universo não tem centro, logo, tanto faz qual é o centro. É geralmente onde você está. Ou não. Você escolhe. Mesmo porque o sol também se move. Enfim...
Vou confessar uma coisa, as duas peças teatrais, não têm, talvez, nada a ver. Mas como eu assisti ao espetáculo, Galileu sexta e passei sábado e domingo estudando Macbeth, resolvi escrever de ambos no mesmo ensaio. Quem sabe não descubro algo.
Galileu, é considerado por alguns, a peça mais importante do século XX. Coloca a ciência e suas responsabilidades no palco. Mas é ela a mais bonita?
Não me identifico com Galileu. Sorry Brecht, não me provoca assim tanta polêmica. Mas a ideia de fazer um covarde um herói, ou ainda um herói em covarde, ou ainda um cientista em apenas um cara normal e cagão... É genial. Não acho Galileu mais humano por ter se acovardado perante a inquisição. Giovani Bruno, não se acovardou. Sei lá.
O ponto, não ee se Galileu teve um grande amor, o ponto ee que Brecht me fez chorar numa única cena. Ok me fez refletir, e pensar e questionar em muitas cenas. Mas chorar?
É quando Galileu traz toda humanidade com ele. A Europa toda querendo que ele não renegasse sua fé na razão, e ele fraqueja.
Neste dia, neste momento, eu, Leo Chacra, estou lá em Roma. Eu, você leitor, todos nós humanidade. Pedindo que ele encare a inquisição e diga a verdade.
Eu sei o que aquelas igrejas são belas, e o que a mensagem de Cristo é, e continua a ser linda, contituiam uma situaçao bem diferente da de hoje. Outro contexto. Ainda mais naquele século XVII.
Mas ele calou-se. Pior, Galileu voltou atrás. Em dois ou três minutos de fala, Galileu regrediu milênios.
Brecht acertou aí. Se este dia fatídico não foi o mais triste da humanidade, com certeza foi um dos mais, junto com o inverso da bomba atômica.
Por isso eu entendo Galileu. Mas não o perdoo. E reverencio Brecht por pegar uma emoção tão grande, que ninguém via, pois Galileu não foi um general, não foi herói, não foi um revolucionário, foi simplesmente um dos maiores cientistas que a história já teve.
Pegar esta foto, e fazer um espetáculo tão lindo.
Já Macbeth, um homem comum, não muito inteligente, não se acovardou. Macbeth, sem ideologia nenhuma, de um egoísmo total, quis ser rei. Ou ainda, viu a possibilidade de mudar tudo, e mudou. Macbeth nunca se acovardou. Claro que durante o processo, Galileu deve ter cogitado falar a verdade, e Macbeth teve medo e quase desistiu. Mas Macbeth não desistiu. E para ser rei, matou o rei e todos que se opuseram contra ele.
Macbeth amou muito. E aí, é que entramos num jogo maluco. Macbeth só fez é matar e cometer o mal. Neste sentido, todos admiram Macbeth, porque bem da verdade, o outro Rei, o que ele matou, não era lá muito diferente dele.
Já Galileu... Um homem brilhante. E nos desapontou.
Vá ver Galileu no teatro Tuca. E observe que você quererá no momento da inquisição, se levantar da cadeira, ir até o palco fazer Galileu dizer a verdade, e depois matar todos aqueles cardeais “filhas da puta”.
Mas você não vai. Não vai, porque você leitor, também é um cagão assim como Galileu.
E neste momento, você vai invejar a coragem de Macbeth. Deste escocês que nunca fez nada, absolutamente nada, pela humanidade.
E vai desprezar Galileu. Este italiano, que talvez se não tivesse existido, ainda não teríamos nem pisado na lua, quanto menos construido bombas nucleares.
O texto: “A vida de Galileu Galilei”, de Bertold Brecht me foi apresentado pela primeira vez, por um professor de física, quando eu estava na quinta série ginasial, (não sei como chama hoje).
O que eu conto aqui, não estraga em absoluto, a trama, ou a surpresa do espetáculo, já que tanto Galileu, quanto sua vida são fatos conhecidos de todos. Vou fazer um breve resumo:
A partir da descoberta, ou melhor, da invenção do telescópio, Galileu provou que as luas de Júpiter eram satélites do planeta. Provou, por observação e métodos científicos, que os planetas giram em torno do sol, e não o sol e os astros e estrelas giram em torno da terra.
Logo provou que a terra não é o centro do universo. Claro que depois os Americanos mostraram, que sim, a Terra é o centro do universo. Já que o mesmo universo não tem centro, logo, tanto faz qual é o centro. É geralmente onde você está. Ou não. Você escolhe. Mesmo porque o sol também se move. Enfim...
Vou confessar uma coisa, as duas peças teatrais, não têm, talvez, nada a ver. Mas como eu assisti ao espetáculo, Galileu sexta e passei sábado e domingo estudando Macbeth, resolvi escrever de ambos no mesmo ensaio. Quem sabe não descubro algo.
Galileu, é considerado por alguns, a peça mais importante do século XX. Coloca a ciência e suas responsabilidades no palco. Mas é ela a mais bonita?
Não me identifico com Galileu. Sorry Brecht, não me provoca assim tanta polêmica. Mas a ideia de fazer um covarde um herói, ou ainda um herói em covarde, ou ainda um cientista em apenas um cara normal e cagão... É genial. Não acho Galileu mais humano por ter se acovardado perante a inquisição. Giovani Bruno, não se acovardou. Sei lá.
O ponto, não ee se Galileu teve um grande amor, o ponto ee que Brecht me fez chorar numa única cena. Ok me fez refletir, e pensar e questionar em muitas cenas. Mas chorar?
É quando Galileu traz toda humanidade com ele. A Europa toda querendo que ele não renegasse sua fé na razão, e ele fraqueja.
Neste dia, neste momento, eu, Leo Chacra, estou lá em Roma. Eu, você leitor, todos nós humanidade. Pedindo que ele encare a inquisição e diga a verdade.
Eu sei o que aquelas igrejas são belas, e o que a mensagem de Cristo é, e continua a ser linda, contituiam uma situaçao bem diferente da de hoje. Outro contexto. Ainda mais naquele século XVII.
Mas ele calou-se. Pior, Galileu voltou atrás. Em dois ou três minutos de fala, Galileu regrediu milênios.
Brecht acertou aí. Se este dia fatídico não foi o mais triste da humanidade, com certeza foi um dos mais, junto com o inverso da bomba atômica.
Por isso eu entendo Galileu. Mas não o perdoo. E reverencio Brecht por pegar uma emoção tão grande, que ninguém via, pois Galileu não foi um general, não foi herói, não foi um revolucionário, foi simplesmente um dos maiores cientistas que a história já teve.
Pegar esta foto, e fazer um espetáculo tão lindo.
Já Macbeth, um homem comum, não muito inteligente, não se acovardou. Macbeth, sem ideologia nenhuma, de um egoísmo total, quis ser rei. Ou ainda, viu a possibilidade de mudar tudo, e mudou. Macbeth nunca se acovardou. Claro que durante o processo, Galileu deve ter cogitado falar a verdade, e Macbeth teve medo e quase desistiu. Mas Macbeth não desistiu. E para ser rei, matou o rei e todos que se opuseram contra ele.
Macbeth amou muito. E aí, é que entramos num jogo maluco. Macbeth só fez é matar e cometer o mal. Neste sentido, todos admiram Macbeth, porque bem da verdade, o outro Rei, o que ele matou, não era lá muito diferente dele.
Já Galileu... Um homem brilhante. E nos desapontou.
Vá ver Galileu no teatro Tuca. E observe que você quererá no momento da inquisição, se levantar da cadeira, ir até o palco fazer Galileu dizer a verdade, e depois matar todos aqueles cardeais “filhas da puta”.
Mas você não vai. Não vai, porque você leitor, também é um cagão assim como Galileu.
E neste momento, você vai invejar a coragem de Macbeth. Deste escocês que nunca fez nada, absolutamente nada, pela humanidade.
E vai desprezar Galileu. Este italiano, que talvez se não tivesse existido, ainda não teríamos nem pisado na lua, quanto menos construido bombas nucleares.
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